Elias Tergilene, meu negócio é shoppings Classe G, de gente

Publicado por: Redação
19/01/2015 09:26 PM
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CARUARU ( 16/01/2015) - Como já era esperado, empresario mineiro faz no agreste do Estado o que pernambucanos deveriam ter feito a muito tempo.

 

O JC (Jornal do Comercio) já noticiava desde setembro 2014, a vinda do empresario Elias Tergilene para a região. Ele é presidente do grupo mineiro Uai, de shoppings populares. A Folha de São Paulo também dava a mesma notícia em outubro de 2014. "Finalmente vamos sair desse sono profundo e acordar para um negócio sério" disse a pequena empresária do ramo de moda feminina Dilma Leal que tem uma loja no Polo Caruaru, na BR 104 e afirma não vê a hora de mudar-se para o novo empreendimento Cidade das Compras. 

 

O fato é que os confeccionistas pernambucanos por longos anos  vem sofrendo a duras penas nas feiras de Toritama e Caruaru. Espaços desestruturados, desorganizados e abandonados pela administração pública e gestores inexperientes. Riqueza deixada à sua propria sorte. Para se ter uma ideia nas feiras dessas cidades os feirantes expõem seus produtos sob sol e chuva abrigados em barracas de madeira velha, telhas de amianto ou coberturas de lona em meio a emanharado de fios desencapados, sem extintores, banheiros, estacionamento e lixo correndo solto. Comerciantes e consumidores correm todo tipo de risco e desconforto, sem falar nos ladrões e constantes arrastões e em alguns casos, com registro de morte.

 

No passado já alertavamos que os prefeitos de Caruaru e Toritama ao ignorarem a importancia dessas feiras para a economia de suas cidades estavam assassinando suas galinhas de ovos de ouro.

 

Alguém no passado já dizia com muita sabedoria que "aquele que se decide a parar até que as coisas melhorem, verificará mais tarde que aquele que não parou e colaborou com o tempo está tão adiante que jamais poderá ser alcançado". É o caso, por exemplo, do Moda Center em Santa Cruz do Capibaribe que hoje detém o maior fluxo de negócios da região por oferecer conforto e comodidade a feirantes e compradores.

 

O projeto Cidade das Compras do sr. Elias Tergilene chega em bom momento e já é possivel perceber a euforia e ansiedade do publico àvido pelo inicio do empreendimento quiça um dos maiores e mais completos do pais.

 

Todos ganhamos com isso, ganha o municipio de Riacho das Almas com aumento de popularidade, receita e subida ao podium das grandes feiras, podendo inclusive desbancar até mesmo o gigante Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe. Ganha o consumidor que passa a fazer suas compras com dignidade, conforto e infra-estrutura de um equipamento altamente profissional. Ganha o produtor confecionista de moda da região aliviado ao sair das mãos de grupos de amadores dublês de shoppings centers. Por outro lado é preciso saber quais os critérios de ocupação para um empreendimento desse porte e o bloco de investidores, chineses, coreanos? Como será o mix de produtos, apenas produtores de moda da região ou teremos uma forte competição acirrada de produtos asiaticos ou de outros estados como Minas, São Paulo? 

 

Não é preciso andar muito pelo Centro do Recife para perceber que os produtos chineses invadiram de vez o nosso dia a dia. São eletrônicos, confecções, louças, guarda-chuvas, pneus, brinquedos… A lista de artigos Made in China ou PRC (People’s Republic of China) é enorme. E o comércio é apenas a ponta desse imenso iceberg. O avanço das importações da China tem provocado o fechamento de fábricas e a eliminação de postos de trabalho em todo o Brasil e essa ameaça fica cada vez mais iminente em Pernambuco e Caruaru já revela estar no mesmo caminho.

 

Quem compra no agreste de pernambuco vem principalmente de Estados do nordeste ja o consumidor de São Paulo que compra na Feira da Madrugada e nas principais ruas do Brás vem do interior daquele estado, sul de Minas, Espirito Santos, Rio de Janeiro e sul do país.

 

Segundo assessoria, cada loja do shopping Cidade das Compras deverá ter em torno de cinco metros quadrados. Ao todo, o empreendimento somará 100 mil m². 

 

As obras devem começar no segundo semestre do ano que vem e durar 18 meses ao contrario da Feira com o pejorativo nome de "Sulanca" com prazo muito maior. Caruaru perdeu Riacho das Almas e agora perde a Feira de Caruaru.

 

Os recursos serão injetados pelo próprio grupo Uai e por investidores da região de Caruaru. Uma parcela deverá ser financiada - há negociações em andamento com o banco do Nordeste-, de acordo com Tergilene.

 

Sobre Riacho das Almas:

 

Conhecida como Riacho das Éguas, em 1905 a localidade passou a se denominar Riacho das Almas, em função de o primeiro cemitério ter sido construído às margens daquele riacho. Posteriormente, durante uma cheia, as águas invadiram o local e o cemitério teve que ser reconstruído. Foi elevada à condição de distrito do município de Caruaru em 21 de dezembro de 1919, tornando-se município em 29 de dezembro de 1953.

Mike Nelson

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