Natal 2013: brasileiro pretende gastar quase 30% a mais com presente, revela pesquisa do SPC Brasil

Publicado por: Redação
19/11/2013 12:21 PM
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Segundo o estudo, melhora do poder  de compra  do  consumidor deve alavancar   as 
vendas. Computadores, notebooks e tablets são os itens mais desejados pelo consumidor
 
Uma pesquisa nacional encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela um cenário positivo para o comércio varejista: o consumidor brasileiro este ano deve comprar e gastar mais com os presentes de Natal em relação ao ano passado. A quantidade de itens comprados subiu de 4,1 para 4,4 presentes por consumidor — alta de 7,31%. Além disso, a intenção de gasto médio por compra também aumentou: passou de R$ 86,59 em 2012, para R$ 111,39 em 2013 — um aumento de 28,64%.
O levantamento também buscou identificar o motivo para o otimismo entre os consumidores. Na avaliação de 57% dos entrevistados, a situação financeira pessoal melhorou de 2012 para cá. A razão mais citada para explicar o salto foi o aumento da renda. É tanto que metade (50%) dos pesquisados disseram que vão comprar mais presentes do que em 2012. Outros 37% vão presentear com a mesma quantidade e apenas 13% dos entrevistados alegaram que as sacolas vão ficar mais magrinhas.
 

                                   

Além disso, este ano o brasileiro deve ter um gasto médio de R$ 490,12 com o total de presentes (R$ 111,39 cada um), sendo que em 2012 este valor era de R$ 355,02 (R$ 86,59 cada um). Para esses entrevistados que disseram que vão desembolsar mais com o presente (41%), as respostas mais citadas para justificar o aumento foram o recebimento do 13º (29%), o fato de poderem presentear mais pessoas (19%) e a melhoria no próprio salário (15%). Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, não há surpresa no fato de o 13º aparecer em primeiro lugar na lista de motivos para aqueles que vão comprar mais. “A injeção de dinheiro na economia por conta do 13º será de R$ 143 bilhões, número quase 10% maior do que em 2012 [dados do Dieese]. Além disso, a inflação de alimentos no país já está sob controle, o que melhora as condições de compra do consumidor, que antes de gastar no comércio compra comida. Assim, a fórmula dinheiro novo mais inflação de alimentos estabilizada aquecem o mercado”, explica.
 
                        
 
O presente
Seis em cada dez brasileiros (67%) vão presentear alguém neste Natal. É curioso mencionar que a pesquisa aponta que as mulheres estão mais propensas a comprar do que os homens ─ entre elas, 76% pretendem presentear alguém, contra 58% entre os entrevistados do gênero masculino. Os presentes mais procurados pelos brasileiros serão as roupas (73%), os calçados (38%), os perfumes/cosméticos (33%) e os jogos/brinquedos em geral (33%). No entanto, o estudo também procurou identificar quais são os produtos mais desejados pelo consumidor e decidiu perguntar qual presente ele gostaria de ganhar. Computadores/notebooks/tablets aparecem em primeiro lugar (51%), seguidos das roupas (36%), calçados (30%) e dos smartphones (28%).
                                
 
Formas de pagamento e locais de compra
As formas de pagamento mais utilizadas nas lojas brasileiras, segundo os entrevistados, serão o dinheiro (57%), o cartão de crédito parcelado (16%), o cartão de débito (12%) e o cartão de crédito a vista (9%). Já os locais preferidos para as compras devem ser os shopping centers (44%), seguidos pelo comércio de rua (26%), lojas de departamento (11%) e pelas lojas online (9%). “Temos que levar em conta que a pesquisa foi feita nas capitais do Brasil. Assim, a preferência pelos shoppings deve-se à facilidade de estacionamento e à segurança que estes locais oferecem. Além disso, esses mega estabelecimentos concentram uma grande variedade de lojas em um único lugar”, avalia o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
 
O presenteado
De maneira geral, a pesquisa identificou que os filhos aparecem em primeiro lugar na relação dos mais presenteados (70%), seguidos de maridos/esposas (47%), mães (41%) e irmãos (30%). De acordo com o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges, os resultados podem sugerir que as relações de afeto estão mais concentradas no núcleo familiar, formado por pais e filhos. “Os dados oficiais mostram que a quantidade de membros dentro do núcleo da família brasileira está diminuindo ─ uma tendência da vida moderna nas grandes cidades. Dessa forma, o núcleo familiar tende priorizar o  s parentes mais próximos e a se relacionar cada vez menos com os parentes mais distantes”, explica.
              
 
Nota-se que na relação dos mais presenteados, a figura do pai só aparece em sétimo lugar (19%), atrás de netos (21%) e afilhados (19%) e supera os namorados (14%) e os amigos (13%), respectivamente em oitavo e nono lugares. A pesquisa também detectou que, na relação entre maridos e esposas, o homem presenteia mais do que a mulher ─ eles representam 59% dos casos sendo que elas, 37%. Para Flávio Borges, o dado pode sugerir que o esposo tende a priorizar a esposa, ao passo que esta tende a dar preferência a presentear os filhos.
 
Uso do décimo terceiro salário
O estudo também buscou analisar como o consumidor brasileiro deve utilizar o 13º salário. Metade dos entrevistados (51%) disseram que pretendem usar o recurso para fazer compras. No entanto, constatou-se que nada menos do que 67% daqueles que não pretendem usar o 13º para comprar presentes ─ 25% dos casos ─, querem poupar ou investir esse recurso. Somente 16% pretendem quitar dívidas.
                                
Para o presidente da CNDL, esse dado reforça os efeitos da desaceleração da inadimplência do consumidor ao longo do segundo semestre do ano, o que contribui com um quadro favorável ao consumo (ou mesmo à poupança). “Ao longo do tempo observamos que é natural que as pessoas quitem suas dívidas no fim do ano para sair do cadastro negativo e poder voltar a consumir no Natal”, explica Pellizzaro Junior.
 
A pesquisa
O estudo de Intenção de Compras para o Natal 2013 ouviu consumidores de todas as 27 capitais brasileiras, entre os dias 23 e 27 de outubro. A margem de erro do estudo é de 3,8 pontos percentuais.

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