HIV descoberto adormecido no cérebro

Publicado por: Redação
24/06/2023 02:00 PM
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Cortesia Editorial Pixabay
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O HIV não fica só escondido no sangue. Cientistas conseguiram agora provar que o vírus também pode ficar adormecido no cérebro.

 

O material genético do HIV fica dentro das células infectadas. É como se estivesse a “hibernar” escondido dentro das células do corpo. O HIV não consegue multiplicar-se sozinho. O vírus infiltra-se nas células do hospedeiro como um espião e usa-as como uma fábrica para criar novos vírus.

 

Tipicamente, o HIV esconde-se no sangue. Cientistas descobriram agora que nem sempre é este o caso. A equipe de investigadores encontrou HIV adormecido nas células imunitárias do cérebro, segundo a IFLScience. A comunidade científica já suspeitava que isto pudesse acontecer, mas nunca o conseguiram provar.

 

As células chamadas microglia, que fazem parte do sistema imunitário especializado do cérebro, atuam como um reservatório do vírus. A descoberta não é um fait diver. Agora que os cientistas sabem da existência deste reservatório do vírus, há a possibilidade de o tentar erradicar.

 

Tipicamente, o HIV infeta um subconjunto específico de glóbulos brancos, que desempenha um papel crucial no sistema imunitário do corpo humano. As células vão gradualmente sucumbindo ao vírus. Mas, ocasionalmente, as células seguem um caminho diferente e ficam dormentes ou inativas — por vezes, durante anos. Isto é algo conhecido como latência.

 

Os tratamentos atuais que controlam a infecção nada podem fazer quanto a estas células dormentes. Se o tratamento for interrompido, a infecção latente pode voltar a aparecer, causando uma recorrência da doença. Além de se esconder nas células sanguíneas, sabemos agora que o vírus também pode se esconder no cérebro.

 

A descoberta surgiu graças a um grupo de voluntários seropositivos.

“As amostras são de pessoas que vivem com o HIV que estão  fazendo terapia mas que enfrentam uma doença fatal de algum tipo”, explicou o co-autor David Margolis. “Estavam dispostas não só a doar os seus corpos à ciência, mas também a participar no programa de investigação nos meses que antecederam a sua morte. Trata-se de um programa extraordinário que tornou possível esta investigação fundamental”.

 

Os resultados do estudo foram publicados, na semana passada, na revista The Journal of Clinical Investigation.

 

Com informações do Planeta ZAP //

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